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Infecção pelo H. Pylori

05/12/2015 | Categorizado em Blog | 0 comentários

O QUE É HELICOBACTER PYLORI (H. PYLORI)? A infecção pelo H. Pylori ocorre quando uma bactéria (H. pylori) infecta o estômago, geralmente na infânciA. É uma causa comum de gastrite e úlcera péptica e está presente em cerca de 70% da população brasileira na idade adulta. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INFECÇÃO? A maioria das infecções não tem qualquer tipo de sintomas. Quando ocorrem, podem ser:

  • uma dor chata ou queimação no abdome;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • eructos (arrotos) frequentes;
  • estufamento;
  • perda de peso.
O QUE O H. PYLORI PODE CAUSAR? A bactéria pode causar:
  • úlcera péptica;
  • inflamação na parede do estômago (gastrite);
  • câncer do estômago (ele por si só não é a causa. São necessários outros fatores como história familiar de câncer, fatores ambientais, ali- mentação, etc., que, juntos, poderão ajudar a desenvolver a doença).
COMO SE TRANSMITE O H. PYLORI? Não há certeza quanto à forma de transmissão. A bactéria pode ser adquirida em alimentos que não foram bem lavados ou cozidos apropriadamente ou, ainda, bebendo água proveniente de fonte não confiável. Estudos sugerem que o contato com fezes ou vômitos de uma pessoa infectada pode transmitir a infecção. Também foi encontrada a bactéria na saliva de algumas pessoas infectadas, sugerindo que ela poderia ser transmitida através do contato direto com a saliva. QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA SE ADQUIRIR A INFECÇÃO PELO H. PYLORI? A maioria das pessoas adquire a bactéria na infância. Os fatores de risco são:
  • Viver em condições com superlotação de pessoas;
  • Viver sem um suplemento adequado de água quente;
  • Viver em um país em desenvolvimento, onde as condições de super-população e condições sanitárias insatisfatórias são mais comuns;
  • Viver com outra pessoa que tem a infecção pelo H. Pylori.
COMO A INFECÇÃO É DIAGNOSTICADA? Técnicas não invasivas Existem três testes não invasivos para detectar o H. pylori: - Exame de sangue: uma amostra de sangue é testada para anticorpos contra o H. Pylori; - Teste respiratório com ureia marcada: o paciente ingere material contendo ureia marcada com átomo especial de carbono. Após alguns minutos, expira o ar em um recipiente, exalando dióxido de carbono. Se for encontrado o átomo de carbono marcado no ar expirado, então o H. Pylori está presente; - Teste do antígeno fecal: é colhida uma amostra de fezes e examinada para antígenos do H. Pylori. Técnicas invasivas Necessitam a obtenção de fragmentos de biópsias por endoscopia: Histologia: são colhidas amostras da parede do estômago (biópsias), as quais serão enviadas para um laboratório onde receberão preparo e coloração especiais. Depois serão examinadas em microscópio, procurando identificar a bactéria; Cultura: raramente utilizada na prática clínica; Teste da Urease: é o método endoscópico de escolha. Os fragmentos de biópsias retirados à endoscopia são colocados em um meio líquido, claro, contendo ureia. A presença de urease é assinalada por uma alteração de cor desse líquido (do claro para o vermelho). Resultados positivos são geralmente evidentes no mesmo dia, frequentemente minutos após a adição do tecido ao meio. COMO É ERRADICADO O H. PYLORI? Para erradicar o H. Pylori é utilizada uma associação de antibióticos. O padrão no Brasil é o tratamento com três medicamentos. Ele é composto por um inibidor da produção de ácido gástrico e dois antibióticos (amoxicilina e claritromicina), utilizados por sete dias. É importante informar ao médico se você é alérgico a algum tipo de medicação, principalmente à penicilina. Existem outros modos e o médico saberá quando devem ou não ser utilizados. Podem ocorrer efeitos adversos com o tratamento, tais como náuseas, desconforto estomacal, diarreia, dor de cabeça, gosto metálico, fezes ou língua escura (quando utilizado bismuto), vermelhidão na face quando ingerido álcool e sensibilidade ao sol. Após quatro semanas, quando necessário, poderá ser feito o controle do tratamento para certificação de que a infecção pelo H. Pylori foi curada. Se a bactéria persistir, pode ser realizado um novo tratamento. Nessa estratégia, chamada de retratamento, o médico prescreve antibióticos diferentes daqueles utilizados no tratamento inicial e por um tempo maior. A INFECÇÃO PODE SER PREVENIDA? Algumas ações podem ser realizadas para ajudar a prevenir a infecção:
  • lavar as mãos com sabão e água após usar o banheiro e antes de comer;
  • comer alimentos que tenham sido bem lavados e cozidos apropriadamente;
  • tomar água de uma fonte limpa e segura.
 

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